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Canção da Floresta/ Poema Incidental (Fragmentos): O Que Poderemos Ver?
(Sebastião Dias)
Tombam arvores, morrem índios!
Queimam matas ninguém vê
Que o futuro está pedindo
Uma sombra e não vai ter
Pense em Deus alerte o mundo
Pra floresta não morrer
Devastação é um monstro
Que a natureza atropela
Essas manchas de queimadas
Que hoje vemos sobre ela
São feridas que os homens
Fizeram no corpo dela
Use as mãos, mude uma planta
Regue o chão, faça um pomar
Ouça a voz do passarinho
A floresta quer chorar
A natureza está pedindo
Pra ninguém lhe assassinar
Quando os cedros vão tombando
Dão até a impressão
Que os estalos são gemidos
Implorando compaixão
Às mãos do homem malvado
Que os matou sem precisão
Mas quando Deus sentir falta
Do pau que já foi cortado
O homem talvez procure
Botar culpa no machado
Aí Deus vai perguntar
E por quem foi ele amolado
Fauna e flora valem mais
Que o valor que o ouro tem
A natureza é selvagem
Mas não ofende a ninguém
Ela é a mãe dos seres vivos
Precisa viver também
Ouçam os índios limpem os rios
Façam a Deus esse favor
Floresta é palco de ave
Museu de sombra e de flor
Vamos cuidar com carinho
Do que Deus fez com amor.
Poema Incidental (Fragmentos):
O Que Poderemos Ver? (Maximiamo Campos)
Aprendo com o dia que morre nas tardes,
O saber que nada existe que não finde ou acabe.
Os frutos verdes e rubros quando apodrecem são
A própria Natureza ensinando humildade.