letras
Siá Filiça/ Poema Incidental: A Grandeza do Povo Sertanejo
(Bira Marcolino/ Fátima Marcolino)
Cadê a lenha da fogueira
Siá Filiça
Cadê o milho pra assar
Cadê aquele teu vestidinho de chita
Que tu vestia pra dançar
Cadê aquele sanfoneiro
Que eu pedia pra tocar
A canção da minha terra
Um forró de pé-de-serra
Que eu ajudava a cantar
Quando me lembro disso tudo
Siá Filiça
Me dá vontade de chorar
Cadê aquele balãozinho
Siá Filiça
Que coloria o meu lugar
Minha esperança ainda dorme
Siá FiIiça
E eu com pena de acordar
Quebrar panela no terreiro
E a fogueira pra pula
Uma quadrilha bem marcada
E um belo São João de latada
Que era bom pra namorar
Quando me lembro disso tudo
Siá Filiça
Me dá vontade de chorar
Poema Incidental: A Grandeza do Povo Sertanejo (Maurício Menezes).
Aí o poeta Maurício Menezes disse:
Procurei encontrar inspiração
Num recanto de terra pequenina
Pra fazer um poema em descrição
Das histórias da vida nordestina
Mas olhando para a força dessa gente
Vi que um verso não é suficiente
Pra mostrar a beleza do que vejo
Um poema seria um disparate
Não há verso no mundo que retrate
A grandeza do povo sertanejo.